quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Retrato I

... um beijo, outro, mais um, um abraço longo e outro beijo, no moleque de colo.

Os outros chamam: em comum a boroca, o sotaque, o destino sem destino. Um aceno de mão, um adeus (nem mulher, nem mãe, nem nada...)

Daí o pulo-do-gato: o outro, o não ensinado. - E a cama de girau me fez um bem! e a carne pouca com arroz, e a messalina, impagáveis –

Não são dias nem noites: o tudo é barro das fornalhas, carvão, orgulho, fuligem, breu, cansaço. E o tempo, tempo, tempo que não carece de espera.

Lá se foram os pés,(descalços dos sapatos) e os mastins e as armas e o imenso do não conhecido : breve fuga. O laço.

- meus réis!?

- o trem, a bóia, a cama, a messalina?! os panos, a rapadura? Impagáveis.

- meu nome, o sonho, o trato?

Silêncio. O tiro, a bala, o corpo, o baque...

............................................................................................................................................. -------------mãiê, cadê meu pai ?

-------------seu pai é aquele retrato na parede...



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