domingo, 7 de fevereiro de 2010

A morte da bailarina...

imagem - Taunay Mota

No cais do porto um corpo, um morto...

E a testemunha: um céu aberto.

Ninguém por perto?!

Ninguém quis nem olhar!

A lua clara travou a fala.

O descompasso ditou o passo...

A cotovia calou o dia,

E a mariposa manchou a flor.

A roda viva quedou ferida,

E mesmo nada o voo do condor...

A bailarina bailou menina

Foi messalina, foi meretriz.

Porque não quis fez palco

O mal, o mar...

Brilhou o dia e a cotovia

Não cantaria pra se alegrar...

A bailarina tão, tão menina!

No cais do porto um corpo, um morto.

Nada de choro. E num só coro

Ninguém quis mais cantar.




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