sexta-feira, 6 de março de 2009

FORA DA MEDIDA...


um flamboyam contempla o céu - Jesus Mota



Priscila me lia aos sábados e domingos,
Porque parei de escrever Priscila ficou cega
E hoje é de imitar as cabras em suas brincadeiras.
Cabra Cega...
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Samuel tem doença no nome,
Empacotada na parte de trás
Do carro com sirene.
Deu no noticiário que a carga
Era: peixes, caças até uma sucuri.
Fora da medida!
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Lazarim era mesmo lazarento!
Assobiava e chupava cana e
Os dentes: todos dois tinia de
Ser novinho de bom esmalte.
Era mesmo assim o caso dele...
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Tô com saudades de meu irmão
E daquele outro, e do outro e
Dela e mais dela, e de sua prosa
E de sua sanha e disso tudo...
Ou será que eu tô doido?!
Discordam?...
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Sonhei que eu tava numa briga
De foices e facas afiadas e n’um tinha
Sangue e n’um tinha os outros.
Aonde estão os meus opositores, gritei...
Acordei, e acho que era pesadelo.
Fiquei imaginando, e se eu não me deitar?!
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Priscila me chamou pra brincar
De Cabra Cega, disse que me empresta
Seus sextos sentidos...



sobre a obra
porque acho que escrever é montar num cavalo sem rédeas e
marcar o rumo que o nariz aponta, protegidos cavalo e nariz...

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